quinta-feira, 27 de maio de 2010

Receita para um Doce de Coco imperdível!

E se você ficou com vontade de comer um doce de coco, o blog Virada Gastronômica procurou e deu a receita de como fazer um original doce de coco caseiro!
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INGREDIENTES
• 1 lata de leite condensado
• 1 lata de açúcar (a mesma medida da lata de leite condensado)
• 1 pacotinho de coco a seu gosto

MODO DE PREPARO
Coloque o leite condensado e o açúcar em uma panela e mexa um pouco, sem parar de mexer para não queimar.
Coloque o coco e mexa até soltar da panela e, para finalizar, colocar um pouco de granulado a gosto.



Por Emanoelly Nascimento
Créditos da imagem: dtump.wordpress.com

Entrevista com Penna filho, diretor de Doce de Coco

Penna Filho, diretor de Doce de Coco, e a jovem produtora Sílvia Cruz.


Penna Filho é capixaba, nascido na capital Vitória em 11 de março de 1936. Com formação acadêmica em jornalismo, o então diretor construiu sua carreira trabalhando em emissoras de rádio e TV.
Chegou a São Paulo em 1959 e trabalhou na Rede Globo e TV Cultura.
Sempre paralelo a funções jornalísticas, Penna assinava trabalhos audiovisuais como assistente de direção em filmes de Carlos Coimbra, Ody Fraga, Milton Amaral, entre outros.
A primeira filmagem completa de sua autoria foi o longa “Amores de um cafona”, de 1970. O segundo, “O Diabo tem mil chifres”, de 1972, foi retido pela censura militar até o final da década, considerado “imoral e iconoclasta”.
Após um longo período em São Paulo, o diretor se instalou no sul do país, mais precisamente em Santa Catarina, trabalhando com publicidade e vídeos educativos.
Penna retornou às telas em 2006 com o longa “Um craque chamado Divino”, que contava a história de Ademir da Guia, um dos maiores expoentes do futebol nacional.
Com o lançamento de “Doce de Coco” em São Paulo, no evento Virada Gastronômica, Penna Filho falou do contexto ditatorial no filme e sobre o nome culinário do longa.


Em meio a um contexto político, o filme “Doce de Coco” tem uma temática ditatorial. Quais as influências para adaptar a política da década de 60 para um contexto atual?

“Nada a declarar, nada a declarar...” Têm inúmeras frases que eu cito para aludir ao período... Quando o marido faz uma cena de discussão com a mulher e diz ‘Vamos esperar o bolo crescer para poder repartir’ isso era do Delfim Netto, a frase ‘Quebro e arrebento’, citada pelos grandes empresários do R$ 1, 99 jogando dominó, isso era do General Figueiredo que dizia que não ia admitir indisciplina no governo dele por parte do povo.
Têm inúmeras citações de clássicos também... Tem Sheakspeare na cena do carro quebrado e que o mecânico fala que o ferro velho é do outro lado, e pergunta: Você não se importa com os podres do seu carro? Não, não, eu me importo com os podres da república!


Tem um texto do Brecht colado na parede sobre o analfabeto político...

É... Tem uma parte que é do Brecht e tem outra que é minha...!


É necessário ter um repertório cultural para compreender o contexto do filme?

Tem algumas brincadeiras que eu coloco, porque a comédia é amarga!Eu uso algumas referências populares como a citação “Saudosa maloca, maloca querida...” do poeta Adoniran Barbosa, adaptada para “Saudosasis malocarum” e o verso “Debaixo dos caracóis dos seus cabelos...” Eles são meio iconoclastas.
Um professor sociólogo assistiu ao filme com alunos e disse que era preciso ver pelo menos umas quatro vezes para perceber todas as ironias.

E em relação ao título “Doce de Coco”?

Esse projeto teve vários títulos ao longo das filmagens: "Os romeiros”, “O ouro remove montanhas”. Embasado na história dos tesouros, que tá todo mundo tentando encontrar! Teve “A virgem de ouro”, porque é uma imagem que aparece constantemente...

Por Emanoelly Nascimento

Foto: Diana Nunes

Amores Expressos

O longa Amores Expressos (1994), dirigido pelo famoso cineasta asiático Wong Kar-Wai, conta individualmente as histórias de amor de dois policiais. Na primeira parte, o filme retrata a vida do policial 223, vivido pelo ator Takeshi Kaneshiro. Após ser abandonado por sua namorada, o policial estipula um mês para conseguir reatar com ela e durante este período, começa a comer compulsivamente abacaxi em conversa, a fruta preferida de sua companheira. Enquanto pratica sua dieta singular, 223 conhece uma misteriosa mulher loura, interpretada pela atriz Brigitte Lin. O que o policial não sabe é que ela é uma traficante envolvida em um assassinato e eles terão uma relação muito diferente.

Na segunda parte o longa mostra a vida do policial 663, interpretado pelo ator Tony Leung. 663 também é abandonado por sua namorada, que foi trabalhar como aeromoça nos Estados Unidos. O policial frequenta diariamente uma lanchonete, que fica aberta durante toda a madrugada. Lá começa a experimentar pratos diferentes dos que costuma comer, por insistência do dono do estabelecimento, que acha ele deve experimentar novas coisas em sua vida. Nessa mesma lanchonete trabalha uma bela garota, vivida pela atriz Faye Wong, que discretamente se encanta pelo policial. Certo dia, 663 esquece a chave de sua casa no balcão do restaurante. A garota usa isso como pretexto para visitar secretamente seu apartamento. Ela aproveita os momentos de ausência do policial e começa a ir lá todos os dias. Passando o tempo limpando os cômodos ou sonhando com o policial, enquanto canta compulsivamente a canção “California Dreaming” (da banda The Mamas & The Papas).

Curiosidade

O diretor americano Quentin Tarantino, apaixonado pelo cinema asiático, foi quem comprou os direitos do filme para lançá-lo em DVD nos EUA, tornando o diretor Wong Kar-Wai mais popular no ocidente.

O que o público disse?

“O filme não é muito linear, fiquei meio perdido em alguns momentos, como na mudança das histórias. Acho que é porque não estou acostumado a assistir filmes orientais sem ser de alguma arte marcial, mas é legal conhecer novos estilos".

Bruno Costa, 18, vestibulando.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Tá chovendo hambúrguer!

A animação Tá Chovendo Hambúrguer (2009), dos diretores americanos Chris Miller e Phil Lord, tem como cenário uma pacata Ilha no Atlântico, Boca Grande. A sua única fonte de renda é a pesca, e também é um dos únicos alimentos que a população consome. Flint Lockwood é um jovem desajeitado habitante desta ilha. Desde pequeno cria utensílios mirabolantes, como sapatos em forma de spray, mas ninguém dá muita bola para ele, inclusive seu pai, que não vê muito potencial em suas maluquices, isso porque elas sempre costumam gerar algum problema.
Certo dia, Flint inventa uma máquina que transforma água em qualquer comida, porém para ela funcionar é necessária uma quantidade elevada de energia. Enquanto isso o prefeito Shelbourne inaugura um parque de diversões para movimentar a economia da ilha. O desastrado inventor aproveita da distração dos habitantes para utilizar a energia do gerador local, mas cria uma grande confusão e além de atrapalhar todo o evento, acaba mandando a sua experiência para o céu. Inesperadamente sua nova invenção funciona e começa a chover hambúrguer e outras deliciosas comidas. Flint Lockwood cria um paraíso alimentício, tornando-se uma celebridade junto com a divertida estagiária de jornalismo, Sam Sparks, que foi enviada para cobrir o evento de inauguração e acaba se tornando uma diferente “garota do tempo”.


O que o público disse?

"Tá chovendo hambúrguer compõe de maneira lúdica o desejo das pessoas de viver em um mundo repleto de guloseimas".

Carmem Oliveira, 27, enfermeira.

Doce de Coco

Doce de coco (2009) do diretor Penna Filho conta a história da sacoleira Madalena (Antonella Batista) e seu marido Santinho (Hélio Cícero). Quando a crise econômica do país abala as finanças da família, o casal, para sair da situação difícil, apela para apostas na loteria.
Madalena passa então a ter sonhos recorrentes com a existência de um tesouro enterrado no cemitério da cidade. O problema, no entanto, é desenterrar o tal tesouro, tarefa que Santinho resiste em participar até ser chantageado por Madalena, que ameaça nunca mais fazer doce de coco, seu quitute favorito.
Fortemente marcado pela cultura religiosa, os personagens do filme tem seus nomes ligados à religião, como Madalena e sua filha Imaculada (numa ironia a sua gravidez precoce). Com um elenco não muito conhecido pelo grande público, o filme também relaciona a ditadura militar e a vida cotidiana de habitantes de uma cidade do interior.

O que o público disse?

“Certamente não é a maior revelação do cinema nacional, mas possui um bom roteiro. O casal da trama tem uma atuação impecável e o doce de coco servido era de ótima qualidade”.

Rodolfo Sá, 23, locutor esportivo.

Índia, o Amor e Outras Delícias

O indiano Índia, o Amor e outras Delícias (2010) retrata a vida de Nina (Shelley Conn), uma jovem que retorna de Londres para reencontrar seus parentes, após a morte do seu pai.
Acompanhada por uma amiga drag queen, Nina decide disputar uma competição gastronômica, assumindo o restaurante da família. Além do desafio de voltar a morar com a mãe, a garota ainda vive outro dilema: assumir ou não a relação lésbica com a sócia Bobbi (Ronny Jhutti).
Índia, Amor e outras Delícias é um filme leve e sem muitas reviravoltas. A inovação fica por conta da relação entre gastronomia e homossexualismo. Dirigido por Pratibha Parmar, o longa tem dança, música e comida indiana na medida certa. O filme, especialmente exibido na Virada Gastronômica 2010, ainda não foi lançado em circuito nacional. O longa deve estrear no dia 11 de junho.

O que o público disse?


“A comida indiana do intervalo serviu para dar mais moral ao filme. Índia, o Amor e outras Delícias é muito leve e consegue prender sua atenção do começo ao fim. Não exige muita atenção do telespectador, mas o carisma dos personagens faz com que você não perca o foco”.

Jéssica Dias, 29, estudante.

O sabor da melancia


O filme do diretor malaio Tsai Ming-Liang, O sabor da Melancia (2005), ganhador de três prêmios no Festival de Berlim, acontece na cidade de Taipé, Taiwan, em meio a uma seca que assola a população.
Com o preço da água extremamente elevado, eles são obrigados a matar a sede com suco de melancia, fruta abundante na cidade. Os personagens centrais da trama são interpretados pela atriz Shiang–Chyi e pelo ator Hsio- Kang.
Hsio, vendedor de relógios, conhece Shiang quando ela compra um de seus itens. Ela viaja à França e quando retorna, depara-se com uma cidade destruída e que sofre pela estiagem. Hsio é agora um ator pornô e encontra-se por acaso com Shiang novamente, dando início a um romance.
Curiosamente, os atores principais não protagonizam nenhuma cena de sexo, atendo-se apenas a olhares, toques e gestos. Repentes musicais dão ao filme um caráter emotivo, com canções chinesas das décadas de 60 e 70.

O que o público disse?

“Este filme é estranho. Não tem começo, meio e fim, não existe diálogo e os atores são fraquíssimos. Tomei aquele drink de melancia com muita desconfiança. Aos poucos, a sala foi ficando vazia. Ninguém conseguiu assistir até o fim”.

Milena Santiago, 22, estudante.

“O sabor da melancia é realmente exótico. Talvez seja essa a única palavra capaz de resumi-lo”.

Carlos Eduardo Gonçalves, 30, funcionário público.